-como sai da mente a exuberância-
palavra-corpo, alma e sentido
o verso torna-se sonho
num ir e vir desmedido
saber-te é como ter-te
nas paragens cerebrais de sal
no gotejar dorido do imo
que te reconhece luz astral
verdejas, e sou-te como a relva
embrenho-me na tua semente
crio ninho na palavra
recebo-te no olhar clemente
exuberas, e não é de hoje
meu testemunho na pele grita
és mais que poesia
és um toque de alma, real, sem fantasia
não sou nada-sinto-me em vãos de vazios-
mesmo assim sou-te riqueza e ventania
és tempestade e alforria
a mente desvencilha-se
sobrando-me um ramo somente
sonho, flor, estrela e lua
um pomar de olhares contentes...
Karinna*