*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Dou-te todos meus segredos*



Dou-te todos meus segredos*
Abertamente confesso
Expressa em precipitada frase
A sinuosa linhagem
Da ânsia incontrolada
Que se acaba no observar-se
Resposta a um sofisma
Convertido  impulso em desejo
Um apelo ao coração
Fluindo a cada instante
Grandeza sem par!
Cintilante graça
Suavemente perpassa
É música que gargalha
De fantástica guitarra
Imortal beleza
Quase ritual!
Esse dançar da harmonia
Em cada viajar fidalgo
Pelas muralhas frágeis
Que o pensamente decifra
-Como asas soltas ao vento –
(Miguel Eduardo Gonçalves)


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

-sublime é a palavra que nos lembra-

 
 
-sublime é a palavra que nos lembra-
 
quando teus olhos são palavras
decoro-te nas faces
nos lábios pousados no verso
que sereno cicia
um nome...
um momento
 
quando teus beijos são palavras
recito-te na alma
como um som de aconchego
que morno anseia
um poema...
uma dor sem sofrimento
 
mas quando teu corpo é palavra
teu gesto coloca-me entre tuas linhas
e sou-te gozo e sonho
foz e alumbramento
como versos na mágica
sinuosidade dos teus dedos
-trespassa o sagrado profundo-
 
dou-te todos meus segredos
 
Karinna*

sábado, 18 de agosto de 2012

E ainda serei tu estrela*


E ainda serei tua estrela*

num amanhecer de reluzentes poemas*

nessa hora de vento

permanente embarque

sonhares de vida

um teatro instintivo

universal beleza da vida

em mil vozes que regem o coração

até o delírio

na impressão do poente

a doçura de um lilás...

Um buque de primaveras

a quebrar na praia de vidro

murmurando cascatas

balançando a luz pelos pés...

Que emana comovente

donde adentram nossos passos

como seivas numa flor

e depois coloridos de malva

e todos os matizes da alma

num cenário de sonho em puro azul

onipotente encanto...

Sublime é a palavra que nos lembra!



Miguel Eduardo Gonçalves





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

e, ainda, serei tua estrela*





e, ainda, serei tua estrela*
agora saio de mim
abandono-me das vozes
que ecoam nas ladainhas
do céu da minha mente
sinto na fímbria do querer-te
a pujança desse anseio
como sedento no deserto
como louco em rodopios
em busca da lucidez de um momento
ou dois- talvez.
o céu é convite enluarado
como um imenso olho a me espiar
por detrás das constelações
dos poemas de letras nuas.
num lampejo prateado
a esperança cintila na minha íris
sinto no estômago azuladas borboletas
no farfalhar das asas
um sussurro acende meu peito fogueira
e, ainda, serei tua estrela
num amanhecer de reluzentes poemas.
Karinna*

segunda-feira, 4 de junho de 2012

-alegria de pressentimentos-



-alegria de pressentimentos-

nos entre(versos) que ditas
com essa boca promissora
guardo meu tempo
-e no sumir do sorriso me dou-
sou furor, fímbria de um sentimento...


pressinto-te
na luz oblíqua do teu poema
nas agruras do rompimento
nos pedaços da saudade
nas alegrias do descobrimento...


sou-te amor mesmo na ignorância
pois nem de saberes, nem de razões
meu peito anseia...

somente pressinto
que amorosa na eternidade
-mesmo que efêmera-
sou-te rasgo de alegria
e, ainda, serei tua estrela.

Karinna*

domingo, 8 de abril de 2012

-queria-te palavra perfeita e nua-


-queria-te palavra perfeita e nua-

em belíssimo corpo
como sinto
numa paisagem diferente
a lágrima
que assim enfeita-se
para além de nós...

segredo maior
a cada voz
que a distingue
indomável
leve neblina...

certeza repetida
redimido
rumor da madrugada
como cascatas
do mundo
inesperadamente...

em cena mágica
dos momentos roubados
afora os gritos
sem fronteiras
como a luz é verdadeira...

-alegria de pressentimentos-

(MEG)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

-tempestade de silêncios-


-tempestade de silêncios-

queria que brotasse de mim a palavra
que mordesse esse teu coração estridente
que tivesse a força do redemoinho
do sal que pesa no mar
das sensações que dançam nas pupilas
nos olhares mareados- bailando luar...

queria que o silêncio falasse de ti
do farfalhar dos teus sons que amo
na linha pudica do verso transgressor
na realeza das procelas das pétalas
dos lírios que nascem no poema em flor...

queria que brotasse do meu olhar a palavra
que acendesse o luzeiro do teu afeto
e de todas as preces recitadas com fé
com a quentura das estrelas de chumbo
gritasse tua ânsia do depurar sentidos
em sentimentos de café...

queria que a tempestade fustigasse teu rosto amado
e os cheiros de todas as pronúncias
fossem libertação pura
sem cobranças, sem defesas
sem estúpidas renúncias...

queria-te palavra perfeita e nua.

Karinna*

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

-apenas baloiçar na maciez da espera-







-apenas baloiçar na maciez da espera-

Essa concepção da existência
Através de paradoxos
Na escolha do instante desenhado
Como todo ‘eu’ é dividido
Porque resultado de muitas promessas
A empenharem o futuro
Subordiná-lo a uma exigência
Limitando-o ao que foi lhe exigido
Exatamente como se quer do aqui e agora
No desejo de um satisfeito prazer
-tempestade de silêncios-
(MEG)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

-dividendos-


-dividendos-



ou se há de dividir
tanta terra das lágrimas que trago
no olhar que busca
na face que recebe
o sal do sofrimento fatigado...



ou se deve dividir
tanta palavra que convulsa
freme sob a pele que vocifera
um querer-me assim livre
sem dores, sem pressas



-apenas baloiçar na maciez da espera-



Karinna*