*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



terça-feira, 30 de setembro de 2014

...e por hoje sobrevivo teu sonho imperfeito.

jeff rowland



... e por hoje sobrevivo teu sonho imperfeito.
Saudade do que não pode ser é também sentimento, com diverso matiz, porém, eis que não fica pra trás. É consciência que se achega a uma profecia, quando se fecha qual orquestra em final de concerto, ao atingir intimamente o tempo que foge, sobe aos céus e volta, e tudo sacode.
Se ao menos eu permanecesse em mim,
Consubstanciada em realismo simbólico,
A realidade seria uma quimera!

*-

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Tao perto como um teu beijo...

 
 
 
Território*
um setembro insolente ergue-se entre nós. amanheço na agonia das vagas e o mar canta tua história no meu ouvido. sou somente bruma, um resquício da razão tênue, vestida das loucuras avermelhadas, de todos nossos poentes. salgo-me. sei-me acinzentada. o azul diluiu-se nas tuas águas.
o perfume destilado nas linhas da face, cobrem as distâncias e a vontade é um ínfimo detalhe. sei-te aqui, no desenho paradoxal do meu peito. sei-te azul, onde ainda é escuro. um minuto antes da aurora traz alento, pois verei-te no horizonte laranja, onde o sol queima a nossa lua e reinauguramos a poesia do dia. sei-te. e por hoje sobrevivo teu sonho imperfeito.
Karinna*