*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



sexta-feira, 29 de março de 2013

o sentimento a me despir*






o sentimento a me despir*

minha existência
em destino alheio
de cor embaçada
o próprio estado
magoado suspiro
vítima perfeita

o passo é firme
leva-me longe
à superfície de mim
pura alma

como a vontade é leve
soa a verdade
instituída
achado em falta
cada sentido
como consinto
essa coisa que não se pode exprimir

-qual renascer numa lágrima-


miguel eduardo gonçalves-



quinta-feira, 28 de março de 2013

- essa coisa que não se pode exprimir-

 
 
 
- essa coisa que não se pode exprimir-
 
há um vão
uma dor aberta
entre a razão
e a loucura
um dedo ferido
na porta entreaberta...
 
espalho-me em letras
a ânsia dúbia
de querer-me assim
feitura de poema...
 
coração sente
a inutilidade da palavra vazia
a pele vocifera
o querer sem ter
o sonhar sem entender
o sentimento a me despir...
 
sim
- essa coisa que não se pode exprimir-
Karinna*

sábado, 16 de março de 2013

-porque há dores que, mesmo na morte, nunca se calam-



essa natureza invulgar na morte do agora

entre retratos, o tempo incansável

em prosa e verso, como a houvera achado

incontestável saudade da espera infernal


na humildade do amanhã, propício louvor

a faltar em mim entre peças de um jogo

pelo difícil de montar

um delírio importante

disparado à própria sorte

que, se dirigida com propriedade

será o vivo matiz que esta letra adora

fácil gesto no rumo do tempo

à escuridão tornada escuta de velados pressentimentos


em doridos mil o mais vivo desejo astral

- essa coisa que não se pode exprimir-




Miguel Eduardo Gonçalves