*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

-a palavra alucinada de carícias-



-a palavra alucinada de carícias-


Bálsamo eficaz
Sedutor pelo contraste
Que induz ao devaneio...
Explodindo em cintilações
Entrega-se à paixão
Como a lua
Uma estrela no céu
Em noite prata
Vestida de desejo
Nua


-a gostar devagarinho-


Miguel-

-luzes, reino dos poetas-

 
 
 
-luzes, reino dos poetas-
 
 
Em fios de lucidez
Frágil esperança interdita
Baloiçam as nossas estrelas
Primeiras lágrimas da alva
Somos sensações plenas
Na linha prata
Da Lua recolhida.
 
 
Luzes amantes
Na rota dos astros
A noite fecha-se
Na claridade absurda
Dos versos trilhados
Exigência da dádiva
Um colar de vontades
 
 
-a palavra alucinada de carícias-
 
 
Karinna*
 

domingo, 16 de novembro de 2014

na órbita de um espaço de poemas infindos...*



Como disse Carlos Drummond de Andrade -Palavra, palavra / (digo exasperado) / se me desafias / aceito o combate-

na órbita de um espaço de poemas infindos...*

sim... é por si só o infinito, sabemo-lo, contrabalança o mundo! como o não, essas ordens somos nós, tentando a consciência para uma incógnita da qual não temos dimensão... consciência!
há um rosto que cintila na pupila, pode ser a expressão da dimensão que nos traspassa... certa urgência que se torna premente, na medida em que vai flamando a alma com o salgado do mar de ser paixão por todos os lados, como o Sol ocupa espaços nos vagos acordes do horizonte!
mas essa demora é breve, tanto que se aproxima da ausência apenas num estado de vigília, num efeito de entardecer que se refestela no telhado com a vida sendo cerzida de esperas pelos amanhãs.
pois, é na certeza de havermos sido astros, que devaneiam nossos licores, como se fossem conchas à beira das ondas ou flores silvestres pipocando nas colinas. assim é todos os dias, porque há naquilo julgado intocável, um desejo de linguagem apenas, com efeito de pétalas perfumadas de sorrisos, mas palavras, simplesmente.  

-luzes, reino dos poetas-



A realidade seria uma quimera!-*

 

 
 
A realidade seria uma quimera!-*
 
 
não. não direi que te amo, apenas envio-te a luz nascida dentro das vontades.
declaro que a ausência não pode ser partilhada, pois transbordo sonhos pintados de ti nos meus olhos rasos de azul sinceridade.
não. não direi que te amo, pois pulsa no céu de sentimento a estrela que sagrou a ilusão que vivemos.
há fato, há vinho, há pão, há rima e um verso absoluto. 
o festim do silencio destituiu-me a palavra, soçobro teu nome de ouro nas procelas do meu peito devoluto.
como não te sonhar? a interseção dos sentidos descobre-me frágil e rendida.
um sol peregrino acende teu beijo no meu íntimo e mordo cerejas na tentativa de resgatar teu abraço bendito.
há uma mansa certeza que um dia já fomos astros.
vestidos dedos eram de cetim e amores estelares
na órbita de um espaço de poemas infindos...
 
 
Karinna*