quarta-feira, 30 de março de 2011
-dou-te vida com a cor dos atos-
-dou-te vida com a cor dos atos-
Nutra-se ela hoje da audácia
Presente invulgar louvor
Igual não há
Se fosse mais tudo o que é
Demais seria estar havendo
Seriam novos ideais
Outra atmosfera decerto
Para distante feito
Em versos nova efígie
Irrealidade da cor me anularia
Miguel-
terça-feira, 29 de março de 2011
No sentido da preferida cor*
No sentido da preferida cor
Caminhante, alma adentro
Dou-te tons e garatujas
Plátanos iridescentes
Perco-me no teu querer-me
Assim, meio inconsciente...
Acolho-te nas nervuras das folhas
Desses outonos que me abraçam
Laranjas avermelhadas as quenturas
Ventos coloridos desenham
Teu rosto, teus traços...
E sou-te sonho ali adiante
Bebes-me a essência
Suplicas-me um retrato
Desse matiz que é Amor
Neblina densa a moldura
-dou-te vida com a cor dos atos-
Karinna*
versam despudoradas em meu olhar

Versam despudoradas em meu olhar
A mãe da harmonia, a força que vem de longe
Os bons defeitos do olhar desmedido
Que a vida, de passagem, se faz:
Falar com palavras intocadas
Sobre um pedaço de cor concreta
É tocar nelas... Um dizer para nos sedar!
Flor imaginada há na brecha do silêncio
Que não leva a nada, mas há no beija-flor
O néctar da vida, enigmático e límpido
No sentido da preferida cor
Miguel-
segunda-feira, 28 de março de 2011
- poder visual que argumenta-
- poder visual que argumenta-
o despir dos olhares
em cartas de náufragos
como sentimentos impressos
na pupila que pede um abraço
-sacrifício visual que choraminga-
o dar-se sem pedir, o dar-se sem esperar
como as estrelas se dão
em suas lágrimas prateadas
encaixadas nos braços do luar
-liberdade visual que ama-
todo um arrepio vertido num sonhar
corpo entrincheirado entre cores
dos olhos que não me vêem
libertos das fronteiras do chorar
nessa escuridão explícita
a dor de ser, a alegria de viver
versam despudoradas em meu olhar.
Karinna*
sábado, 19 de março de 2011
-luz coada de um Sol brejeiro-

-luz coada de um Sol brejeiro-
Rica da novidade de expressão
Por sugerir sutis essências fugidias
Em desvairada imaginação
Quando o olhar tem sede e fome
De ordenar o esplêndido...
Na angústia à mercê do instante
O desconexo do estado de alma
Substantivado a tal ponto
Que parece definitivo
Na originalidade o âmago
Audácia da realidade
Instaura-se, entretanto
Na personalidade os princípios
Efeito e causa em versos
- poder visual que argumenta-
Miguel
onde nascem as horas...
onde nascem as horas...
talvez aqui onde o verso
só, pulsante e livre
traga som, cor e rosas
como um fauno delire...
encantadas as horas
poemas se buscam em minutos
a paixão sem vento
sem clausuras, verdeja palavra
amor se colhe sem louros...
pois amar é só momento
utopia, dor, flor
uma clave de sol promissora
numa melodia sem tempo...
nasço e morro a cada letra
amo, sonho e fantasio
no relvado dos teus olhos
que ardem em meu peito
-luz coada de um Sol brejeiro-
Karinna*
quarta-feira, 16 de março de 2011
maresia...*
terça-feira, 8 de março de 2011
ornar-se da eterna música*
ornar-se da eterna música
do farol do teu olhar
chegam-me as luzes cantantes
berloques que me curam
sob a melodia lancinante
enfeito-me de partitura
a melodia infinita das marés
dos sonhos que ousam
que fremem nas ondas sem clausura
e a vida se despe
de céu, de mar, de areia
ornar-se da eterna música
é anseio que me incendeia
por que não me vens nas melodias
se meu olhar é promessa
meu corpo é doçura
e minha voz de Amor
maresia...
Karinna*
Assinar:
Postagens (Atom)