*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



domingo, 16 de novembro de 2014

na órbita de um espaço de poemas infindos...*



Como disse Carlos Drummond de Andrade -Palavra, palavra / (digo exasperado) / se me desafias / aceito o combate-

na órbita de um espaço de poemas infindos...*

sim... é por si só o infinito, sabemo-lo, contrabalança o mundo! como o não, essas ordens somos nós, tentando a consciência para uma incógnita da qual não temos dimensão... consciência!
há um rosto que cintila na pupila, pode ser a expressão da dimensão que nos traspassa... certa urgência que se torna premente, na medida em que vai flamando a alma com o salgado do mar de ser paixão por todos os lados, como o Sol ocupa espaços nos vagos acordes do horizonte!
mas essa demora é breve, tanto que se aproxima da ausência apenas num estado de vigília, num efeito de entardecer que se refestela no telhado com a vida sendo cerzida de esperas pelos amanhãs.
pois, é na certeza de havermos sido astros, que devaneiam nossos licores, como se fossem conchas à beira das ondas ou flores silvestres pipocando nas colinas. assim é todos os dias, porque há naquilo julgado intocável, um desejo de linguagem apenas, com efeito de pétalas perfumadas de sorrisos, mas palavras, simplesmente.  

-luzes, reino dos poetas-



2 comentários:

Karinna* disse...

*talvez tu chegaste Mestre na perfeição e no transcendental que permeia nossas escritas pares...
Só posso ser grata pelo privilégio desse exercício lindo e entontecedor.
BjM- de palavra para palavra
K*

Marilândia Marques Rollo disse...

Versos nos quais elementos se conjugam a considerações existenciais e a uma espécie de surrealismo...

MARAVILHA!!!

Marilândia