*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



quinta-feira, 4 de abril de 2013

-qual renascer numa lágrima-

 
 
 
-qual renascer numa lágrima-
 
como vislumbro-te
no resquício dos meus versos
molhadas letras, sem rumos
apenas sonho e querer
um dia, uma linha
um horizonte futuro

 
escorro aflita na face do papel
busco-te na porosidade
na minha solidão de ser tua
antes da primeira lágrima
uma era antes da minha orfandade

 
enlouquece-me esse renascer-me em ti
lágrima teimosa que sou
pois sinto-te nas auroras alaranjadas
nos entardeceres róseos
e no marinho das noites
que são eternamente nossas...

 
renasço a cada pensamento teu
em cada golfada do teu ar
sou vitoriosa
a morte assombrada
ante o amor que se faz
recolhe-se, vai embora

 
peço-te
deixa-me escorrer na tua face
e reviver em teu lábio que amo
pois de nada adianta-me viver um minuto a mais
se não for para estar vestida das sedas da saudade
entre teus sonhos reais

 
-somos filhos de uma quântica vontade-
 
Karinna*

Um comentário:

Miguel Eduardo Gonçalves disse...

A liberdade que a palavra alcança revela o essencial que a poesia tem: essa consciência que a torna livre!