*Poesia Nossa de Cada Dia*

De fato há caminhos fechados

matizes perpendiculares desbragados.

Há palavras asfixiadas,

no nó da garganta esperançosa

que felizmente não se calam!

-em curvas de perplexidade-

Grande é a poesia que ilumina e interroga!



Miguel Eduardo- & Karinna*



No fim das águas, aberta a cascata o céu mede

Cúmplice náufrago dessa fome que me nutre os passos

No horizonte a poesia em sede como soluços

Na pétala desbragada do verso colho-me cada grito-

em concha de poema urgente-... que palpita!



Karinna* & Miguel Eduardo


Interação, exercício poético entre Poeta Miguel Eduardo Gonçalves e Karinna*, onde o último verso de um, inspira o outro para criar outra poesia.

ESTE ESPAÇO É UMA HOMENAGEM AO LEGADO POÉTICO DO FABULOSO POETA MIGUEL EDUARDO GONÇALVES. Aqui estão nossas parcerias, nossas partilhas de POESIA, a empatia entre nossos versos.
Grata eternamente pelo toque da tua incrível poética nos meus versos. Está ETERNIZADO um pouco de ti, Poeta Maiúsculo, em cada interação. Mestre Miguel, jamais serás esquecido. Tua pupila e parceira de POESIA Karinna*



domingo, 8 de abril de 2012

-queria-te palavra perfeita e nua-


-queria-te palavra perfeita e nua-

em belíssimo corpo
como sinto
numa paisagem diferente
a lágrima
que assim enfeita-se
para além de nós...

segredo maior
a cada voz
que a distingue
indomável
leve neblina...

certeza repetida
redimido
rumor da madrugada
como cascatas
do mundo
inesperadamente...

em cena mágica
dos momentos roubados
afora os gritos
sem fronteiras
como a luz é verdadeira...

-alegria de pressentimentos-

(MEG)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

-tempestade de silêncios-


-tempestade de silêncios-

queria que brotasse de mim a palavra
que mordesse esse teu coração estridente
que tivesse a força do redemoinho
do sal que pesa no mar
das sensações que dançam nas pupilas
nos olhares mareados- bailando luar...

queria que o silêncio falasse de ti
do farfalhar dos teus sons que amo
na linha pudica do verso transgressor
na realeza das procelas das pétalas
dos lírios que nascem no poema em flor...

queria que brotasse do meu olhar a palavra
que acendesse o luzeiro do teu afeto
e de todas as preces recitadas com fé
com a quentura das estrelas de chumbo
gritasse tua ânsia do depurar sentidos
em sentimentos de café...

queria que a tempestade fustigasse teu rosto amado
e os cheiros de todas as pronúncias
fossem libertação pura
sem cobranças, sem defesas
sem estúpidas renúncias...

queria-te palavra perfeita e nua.

Karinna*